sexta-feira, 10 de fevereiro de 2012

PARA RIR UM POUQUINHO


domingo, 17 de abril de 2011

APENAS POR SER A VERDADE


A TEMPESTADE



Vasto caminho que eu sigo

Lhe digo
De tudo que vivi quase tudo foi em vão
Meras mentiras, feridas que por mais que o tempo
Permaneceram dolorosamente abertas
Caiu mais um vez no chão cheio de ossos
Eras antigas que nunca vão embora
De fato
Vejo uma tempestade se formando nesse céu rubro que me assombra
Quem sabe agora ela não me destruirá completamente?

quinta-feira, 3 de fevereiro de 2011

Sozinho e Feliz




O amor está atrasado, pois ainda não chegou
Ou eu cheguei cedo demais, ou tarde demais cheguei
Sigo a vida assim então, sem muito a esperar
Sigo devagar já que nem tenho mais para onde ir
Ninguém me aguarda e não confio em ninguém
Meu lar não é mais a minha casa
Minha cidade nunca foi aqui
Ainda penso se um dia poderei ter meu lugar
Se um dia poderei vir a descobrir se possuo meu canto
E no meu canto espero poder um dia desencantar
Sair da sombra que habito
Sair quem sabe para poder velejar
Ir em direção ao sol meu amigo
Seguir sendo feliz, mesmo sozinho, pelo mar.



SKY


MINHA PRINCESINHA MONONOKE, A GRACIOSA SKY!!!!

domingo, 30 de janeiro de 2011

MULHERES... PELA VISÃO DE ALGUNS HOMENS (TIRANDO ALGUNS QUE ERAM... BEM VOCÊ ENTENDEU):






As mulheres existem para que as amemos, e não para que as compreendamos.
(Oscar Wilde)

Os homens distinguem-se pelo que fazem, as mulheres pelo que levam os homens a fazer.
(Carlos Drummond de Andrade)

Se não fosse às mulheres, o homem ainda estaria agachado em uma caverna comendo carne crua. Nós só construímos a civilização com fim de impressionar nossas namoradas.
(Oscar Wilde)

As mulheres podem tornar-se facilmente amigas de um homem; mas, para manter essa amizade, torna-se indispensável o concurso de uma pequena antipatia física.
(Friedrich Nietzsche)

Aquele que conheceu apenas a sua mulher, e a amou, sabe mais de mulheres do que aquele que conheceu mil.
(Leon Tolstoi)

O que mexe com a libido das mulheres não é a beleza física é a inteligência. Tanto que revista de homem nu só vende para gays.
(Pedro Bial)

Quem não sabe aceitar as pequenas falhas das mulheres não aproveitará suas grandes virtudes.
(Khalil Gibran)

Anatomia é uma coisa que os homens também têm, mas que, nas mulheres, fica muito melhor.
(Millôr Fernandes)

Muitas mulheres consideram os homens perfeitamente dispensáveis no mundo, a não ser naquelas profissões reconhecidamente masculinas, como as de costureiro, cozinheiro, cabeleireiro, decorador de interiores e estivador.
(Luís Fernando Veríssimo)

A amizade de duas mulheres é sempre a conspiração contra uma terceira.
(Alphonse Karr)

Faz parte da natureza das mulheres desprezarem quem as ama e amar quem as detesta.
(Miguel Cervantes)

As mulheres sempre souberam o que quiseram. Os homens é que realmente não sabem. Eles acham que sabem, mas não sabem. As mulheres acham que não sabem, mas sabem.
(Luiz Tenório Oliveira Lima)

As mulheres só perdoam depois de terem castigado.
(Madame Émile Girardin)

Há homens que têm patroa, há homens que têm mulher e há mulheres que escolhem o que querem ser.
(Martha Medeiros)

Da amizade entre as mulheres

Dizem-se amigas... Beijam-se... Mas qual?
Haverá quem nisso creia!
Salvo se uma das duas, por sinal,
For muito velha, ou muito feia...
(Mário Quintana)

As mulheres amam muito tempo antes de confessá-lo; os homens têm já deixado, há muito, de amar, quando continuam a confessá-lo ainda.
(Emanuel Wertheimer)

Não há mulheres perigosas, há apenas homens fracos.
(André Maurois)

Fevereiro tem 28 dias, é o mês em que as mulheres falam menos.
(Provérbio mineiro)

As mulheres que não são vaidosas na sua roupa de vestir são vaidosas de não serem vaidosas na sua roupa de vestir.
(Mark Twain)

As mulheres dão-se a Deus quando o diabo já não quer nada com elas.
(Sophie Arnould)

Muitas mulheres não sossegam enquanto não mudam o seu homem. E, quando o conseguem, ele perde a graça.
(Marlene Dietrich)

FILME DO THOR


AQUI DEIXO O TRAILER DO FILME DO THOR QUE DÁ CONTINUIDADE AO PROJETO DO FILME VINGADORES QUE DEU INÍCIO COM O PRIMEIRO FILME DO IRON MAN (TAMBÉM NO IRON MAN 2), ONDE APARECE O SAMUEL L. JACKSOM COMO O NICK FURY DA VERSÃO DOS VINGADORES NO HQ SUPREMOS. TAMBÉM NO FIM DO FILME HULK SURGE DA BOCA DO TONY STARK (ROBERT DOWNEY JR.) JÁ A MENÇÃO DA FORMAÇÃO DO GRUPO E NO PRÓPRIO FILME JÁ DEIXA CLARO QUE O HULK SURGIU NUMA TENTATIVA DE RECRIAR O SORO DO SUPER SOLDADO, O QUE ORIGINOU O CAPITÃO AMERICA, DADO COMO DESAPARCIDO NA SEGUNDA GUERRA MUNDIAL. COM O FILME DO THOR FECHA OS PRINCIPAIS DO GRUPO PRATICAMENTE, RESTANDO, CASO SIGA A LINHA DO HQ SUPREMOS, A VESPA E SEU MARIDO O GIGANTE E CLARO O CAPITÃO AMERICA QUE É O PIVÔ.


VOU MENTIR NÃO, ESTOU AGUARDANDO ANSIOSAMENTE

Trailer
http://www.youtube.com/watch?v=Fmqs1IWSdGQ

CAOS





Capítulo 1:

A lenda de Dexter Blad.

O sol estava quente, mais do que de costume naquele domingo.  Os habitantes de Ouro & Platina estavam em sua maioria se limitando nas sombras de dentro de suas casas, apesar de que mesmo assim não dava para fugir muito do ar quente que maltratava seus corpos. É sempre assim no ápice do verão. Como se vivessem dentro de uma caldeira.
A igreja não funcionou naquele dia, o padre faleceu em seus trabalhos espirituais, e quando digo espirituais, me refiro à tradicional visita todas as noites à casa da senhora Bark, religiosamente depois da meia noite e cinco; dava até para acertar o relógio ao vê-lo atravessando a praça as vinte e três e cinqüenta.
E com essa tragédia, de um homem que não resistia aos prazeres da carne, mas era definitivamente um homem bom, a igreja foi selada. O domingo apenas se tornou mais um dia quente, um dos mais quentes e mais silenciosos daquele verão. Talvez por isso a chegada de um estranho, com as ruas quase desertas, foi mais notada do que numa segunda feira agitada pelo comércio habitual da cidade.  Em seu cavalo acinzentado, de chapéu largo em um tom desbotado negro, cobrindo o tronco com uma manta vermelha caindo sobre as ancas do seu animal, cavalgando a passos lentos adentrou de modo despreocupado sem se importar com olhares curiosos. Parou diante de um menino que o encarou assustado e fascinado ao mesmo tempo. Os olhos do garoto iam ao rosto do homem e ao rifle que ele tinha preso à cela de seu cavalo; com a voz rouca e grave se direcionou ao jovem:

- Me diga filho, qual hotel você recomendaria a um velho forasteiro descansar?

O menino demorou mais que o normal para responder, mas fez isso com um sorriso largo como se estivesse vendo seu herói, que tanto lia nos quadrinhos:

- O Céu Platinado, Señor- E apontando com o braço esquerdo para o hotel prosseguiu – Venha. Eu mostro o caminho, não é muito longe.

E começou a caminhar olhando para trás para ver se o seguia. E assim o estranho fez.  Olhares agora fitavam os dois, tanto os que estavam fora aguentando o calor como os de dentro, se sentindo seguros por trás das janelas gradeadas. Enquanto isso o homem em seu cavalo ignorava toda essa platéia. Não parecia se incomodar com o calor e nem que estava cansado depois de atravessar o deserto seco na época mais ensolarada do ano. Parecia repousado em sua montaria seguindo um garoto de sapatos sujos de terra vermelha, animado como se guiasse alguém famoso ou importante. Não demorou muito para chegar ao Hotel Céu Platinado, um estabelecimento modesto, mas refinado. Com cerca de dez andares e largo como um prédio de apartamentos comerciais, a fachada é que era meio incomum, algo que fazia se destacar de qualquer outro hotel das redondezas. Possuía uma enorme porta de vidro fumê, como de um banco, só que mais alto e mais largo; às vezes o coitado do porteiro tinha dificuldades nos dias de inverno com ela. A porta ainda tinha um contorno de metal trabalhado com formas mostrando figuras bíblicas, o que para uns era de certa beleza e conforto estar em um local em que a fé existia e era respeitada, mas para outros era meio assustador devido à forma que a igreja estava se manifestando nessas épocas contra os que eles consideravam ateus. Na fachada ainda havia enormes árvores talhadas na parede. Parecia ser algo mais antigo que reutilizaram, mas ninguém sabia de onde foi antes, exceto o dono, Alúcio Parkimedes (se é que esse era mesmo o nome dele), que nunca revelara a ninguém.
O estranho desceu do cavalo com certa elegância, um tanto incomum para um pobre peregrino, e logo que seus pés tocaram o solo veio um rapaz todo engomado com as vestes de funcionário do hotel para encaminhar sua montaria até os estábulos. O jovem, apesar da rapidez em fazer seu serviço, não encarou o novo hóspede e nem deu as boas vindas como foi ensinado a fazer sempre  ao atender alguém. Apenas veio e segurou as rédeas do cavalo, esperou o rifle ser retirado e aguardou por alguns meros segundos alguma desaprovação do dono que não se manifestara, virou-se continuando sua função. O estranho descalçou as luvas negras, que apenas deixavam os dedos indicadores expostos, colocou uma das mãos num bolso de sua calça e tirou uma carteira de metal. Da carteira retirou uma nota cuidadosamente dobrada e deu ao menino sem nem olhar se o garoto ainda estava ali ou não:

- Tome filho. Pela sua cordialidade e por ser prestativo.

 Ó não, señor... Não é preciso me recompensar por isso. Faço com muito bom gosto. – respondeu sem vacilar e sorrindo.

- Então aceite pela ausência de seu medo.

E com essa última frase, o menino esticou o braço e pegou o agrado oferecido pelo estranho que seguiu em direção a entrada do hotel. Sem entender, ele ficou observando a forma como o porteiro, o senhor Big Jack Johnson, se tremia ao abrir a grande porta com os olhos fixos para o chão, em total silêncio, o que nunca foi de seu costume. Após fechar a porta, Big Jack soltou um suspiro de alívio e enxugou a testa, ainda tremendo, com um lenço que sempre traz consigo.
Que pena” – Pensou o menino. “Se ele não se tremesse de medo que nem gelatina teria ganhado um trocado do moço gentil.”



* * *


O sol continuou seu trabalho iluminando tudo e castigando a todos com o calor que parecia nunca ir embora, pelo menos não até a chegada da noite trazendo com ela o alívio tão desejado. Foi no finzinho da tarde, com o céu apenas com um horizonte queimando, que chegou a casa o filho mais novo da família Lock, constituída por sete integrantes: o pai Richard, sua esposa Fox e seus cinco filhos na ordem de nascimento; Knox, um garoto de 16 anos forte como o pai, Sky, muito parecida com a beleza de sua mãe e sua irmã gêmea Aria, que mesmo não sendo tão bela como a irmã, chama atenção pela sua personalidade e sorriso marcante, ambas com 14 anos, e por último o caçula Pax, um menino de 11 anos que parece ter herdado os piores defeitos dos pais. E com eles ainda há o pai de Fox, que ficou conhecido simplesmente como Aeon,um velho que apesar de ter perdido a perna na Guerra civil, manteve seu espírito sempre jovem e a capacidade de nunca se entregar a nada de ruim da vida. Uma lição que mais tarde seria a base para Pax moldar sua personalidade nos dias difíceis que estavam por vir.

Com uma animação, estampada nitidamente em seu rosto, o menino foi diretamente a procura de seu pai para lhe contar sobre o encontro com o estranho que chegara à cidade. Aproximou-se da poltrona de escritório onde sabia que estaria e parou a sua frente com um enorme sorriso nos lábios e as mãos para trás. Ficou assim por certo tempo, até que seu pai abaixou o jornal e o encarou rapidamente:

- Está atrasado novamente, sua mãe já estava começando a ficar preocupada. - Retomando a sua leitura prosseguiu. - Por que demorou dessa vez, Pax?

- Não precisei voltar mais cedo para comer.

- Não? E pode me dizer por quê?

- Sim, sim. Hoje ajudei um forasteiro a chegar até o Hotel Céu Platinado, e como recompensa pela minha gentileza ele me deu uma nota que deu para pagar meu lanche, do Tommy e do Hugo.

- Não crê que seu ato bondoso não fora um pouco de desperdício? Afinal você poderia ter guardado.

- É, poderia. – Sua mão começa a deslizar na borda da mesa do escritório de seu pai. Pelo toque, mesmo com o calor, dá para sentir que a pedra permanece fria, quase gélida. Suas pernas agora acompanham seu braço, que acompanha seus dedos que imitam passos de um homem a caminhar sem pressa. Sem pressa ou preocupação como o estranho generoso.
Seu pai baixa o jornal novamente:

-Não há mal algum em ser generoso, filho. Mas também não há mal algum em ser prevenido. Sei que estamos em uma época relativamente próspera, mas já houve um passado em que até mesmo eu quase perdi a fé de dias como hoje. – Pax olha seu pai, mas não diz nada. – Agora vá se limpar e tome banho dessa vez, nada de só lavar as mãos e molhar a cabeça, sua mãe teve muito trabalho pra lavar o seu lençol da última vez.

E obedecendo, o menino saiu correndo indo direto para a escada. Seu pai não sabia, mas seu filho tinha lhe trazido uma informação que poderia fazer tudo ser diferente, algo que poderia dar tempo para o prefeito Hunt se preparar para evitar seu assassinato. O seu e o de muitos outros.



* * *

As mãos do porteiro Big Jack Johnson ainda estavam tremendo ao tentar acender seu cigarro Black e somente depois de umas dez tragadas foi que seu coração começou a parar de bater forte e descompassado. A testa suada, o corpo frio, tudo isso começava a se dissipar, menos o seu olhar de quem acabara de ver um fantasma. Ele nem foi almoçar no velho “Estaleiro”, seu lugar habitual; afinal, comida farta e barata sempre foi sua preferência. Não, dessa vez ele não foi. Suas pernas, que antes tremiam, agora iam às pressas diretamente a uma parte da cidade não muito querida, a parte mais velha. Lá ele sabia que encontraria seu velho comandante de batalha, o agora Senhor “Voz de Navalha”, um homem decadente que perdeu a honra nos tempos de guerra e tornara-se um mercenário até ser preso e quase executado por traição. Foi poupado delatando e caçando seus parceiros e tornou-se tão bom nisso que por uns anos era seu ofício - capturar gente de sua laia. Mas com as décadas apenas transformou-se em um velho decrépito e falido que de medalha apenas restou uma enorme cicatriz que nasce abaixo de seu olho direito, segue indo para seu queixo, pescoço e vai até seu ombro esquerdo. No processo sua voz pagou o preço, razão de sua alcunha agora. O velho se alojava no lugar de sempre, de domingo a domingo, jogando cartas e bebendo com homens tão desprezíveis quanto ele. Quando Big Jack entrou pela porta em um estado menos agitado foi direto ao seu antigo comandante sem nem pedir permissão ao dono do lugar, algo que é sempre considerado um erro que quase sempre acaba sentenciado em morte. Antes de o pobre conseguir abrir a boca seu queixo foi impedido de prosseguir pelo longo cano de uma velha carabina, a única voz que saiu foi de quem a portava:

- Perdeu o amor pela vida, gordo?

- Guarde esse cano velho, Baltasar – Uma voz rasgada interviu.

- Não se intrometa velho, todos conhecem as leis antigas daqui, todos as seguem. Não é por que é seu lacaio que vai ter tratamento especial.

- Só estou preocupado com sua segurança, mas a decisão final é somente sua, contudo admito que sentiria falta de suas piadas sem graça e de sua bebida ruim.

- Está de brincadeira, velho? O que esse barriu de banha poderia fazer com minha arma apontada para sua cara feia?

- Ter uma apontada pra essas coisas mortas que você insiste em chamar de testículos - Respondeu Big Jack de forma mansa e firme.

Agora que Baltasar viu que em cada uma das mangas do uniforme dele há pequenas pistolas de três tiros. Antes mesmo de sua carabina chegar ao queixo de seu alvo seus órgãos sexuais já estavam na mira. Big Jack sorri e com a outra mão aponta para um segundo homem que estava escondido mais atrás, na certa para interferir caso a primeira ação de Baltazar desse errado justamente como agora.

- E mantenha seu cachorro no canto dele, se eu chegar a vê-lo mostrar os dentes explodirei suas bolas e a cabeça dele. – A risada de Voz de Navalha se espalha pelo estabelecimento e vai até a entrada do lugar, de fora quem escutar pensará que é somente mais uma farra entre amigos.




***


Quarto 213. Os lençóis da cama estão intocáveis, as luzes se encontram apagadas e nenhum serviço de quarto fora utilizado. Um homem está sentado numa poltrona próximo à janela, seus olhos fixam as luzes da cidade enquanto sua mão desliza sua arma no braço da poltrona fazendo o tambor girar, provavelmente permaneceria assim até amanhecer se não fosse pelo som das batidas na porta. Três batidas para ser exato. Ele levanta-se e vai atender sem pressa e apesar da arma em punho não pareceu estar aflito, nervoso ou mesmo preocupado, pareceu apenas estar recebendo alguém na sua própria casa. Ao abrir a porta uma linda e jovem mulher de vestido vermelho, cabelos negros ondulados caindo sobe seus ombros, usando uma bota de salto até os joelhos. Sua boca ela enfeita com batom que faz seus lábios parecerem aveludados e uma cigarrilha, seus olhos ela oculta com óculos de cor roxos escuro. Sua voz soou falsamente doce:

- Não vai me convidar para entrar? Afinal foi sua voz quem me chamou para vir até sua sombra... Meu esposo.

- Da última vez que a convidei ganhei de presente de boas vindas uma linda faca nas costas, lembra?

Ela se afasta da porta e dá uma pequena volta mostrando-lhe que não há como esconder nada em seu vestido de tecido tão fino que modela o corpo. Ao parar novamente em sua frente ela ainda passa as mãos nos cabelos para dar-lhe a certeza que não possui nada oculto, finalizando assim com um leve sorrisinho jovial:

- Viu? Limpa como a neve.

- Duvido muito... – Ele abre espaço para ela entrar e prossegue antes dela dar o primeiro passo – Mas deixe as botas aí mesmo no corredor.




***




São quase dezenove horas, a família Lock está toda reunida para a hora do jantar, fora a época da guerra eles nunca comeram separados. A refeição é feita logo após as preces realizadas dessa vez pela graciosa Aria, seguido do habitual barulho de qualquer família onde em sua maioria sejam jovens e crianças, o que para Richard que veio de uma família grande é motivo de profunda alegria ter todos os dias essa mesma balbúrdia. O resto decorre como o de sempre. Uma vida comum, simples e feliz de uma família afortunada e abençoada pelos frutos do trabalho duro e honesto. No fim da noite os filhos já se encontram na cama perdidos em seus sonhos, os pais se aninham em seu leito aproveitando a paz de agora para trocarem caricias e brindar o amor que têm um pelo outro. Somente o velho Aeon permanece acordado sentado na varanda da casa admirando a soturna noite e aproveitando para sentir um pouco a ausência do calor que lhe perturba todos os dias. Com certa dificuldade, não pela falda de uma perna, mas sim pela idade que já o derruba em pequenas tarefas, ele senta nos degraus da entrada da varanda e acende seu cachimbo. Ele não saberia dizer quando foi que chegaram, mas não levou nem dois segundos para reconhecer aquele velho miserável magro, todo de preto, sempre com aquele maldito quepe e uma cicatriz passeando pela sua face, acompanhado por um enorme homem largo e gordo com passos leves. Ele não deu o trabalho de levantar-se, aguardou até que os dois visitantes se aproximassem e apenas se dispôs a levar sua mão esquerda a sua pistola alemã e deixá-la escondida para que não vissem que está armado. Ao chegarem o grande ficou mais para trás enquanto o magro foi aos poucos se acomodando nos degraus juntando-se a Aeon:

- Como vai Voz de Navalha? – Disse em um tom até amigável.

- Neste presente momento nada bem, meu velho. E é bem provável que você também não ficará após a notícia que lhe trago sem qualquer ânimo, mas com a devida urgência. – Ele olha para Aeon e em seguida para a entrada da casa – É seguro ablamos aqui?

- Sim... Yá. Todos estão nos braços do distinto Morpheus. Além do mais já foi o tempo de segredos nessas estruturas. Mas vamos, diga-me velho. Que trágica notícia me traz tão tarde da noite?

- Creio que de principio irá teimar em duvidar, mas a fonte é mais que confiável, tanto que Nem me dei o trabalho de conferir se é um fato ou ilusão causada pelo queimar do verão – Seu dedo ossudo aponta para Big Jack.

- Perdoe-me se logo de princípio me antecipo em dizer que não está conseguindo prender minha atenção, mas hoje de fato poucas coisas conseguem causar tal efeito em mim que não seja as peripécias de meu neto Pax.

- Imagino, infelizmente não posso ter certeza, já que a vida não me abençoou com uma família. Contudo afirmo... Hoje, nesse calmo domingo, justamente agora que a igreja e a cidade se encontram desprotegidas de um guardião espiritual, que um fantasma veio a nossa cidade nos visitar.

- Fantasma? Mas do que você fala homem?

- Consegui prender sua atenção, meu velho? Se ainda não cheguei a tanto, pois bem... Deixe-me lhe dizer de quem é o fantasma e sei que se surpreenderá tanto quanto meu amigo ali.

- Mas que maldita cascavel... Fale logo antes que o fogo de meu cachimbo de apague. Pois depois disso será minha hora de entrar e trocar idéias com o Morpheus que me aguarda lá dentro.

Voz de Navalha aproxima sua boca sem lábios para bem perto do ouvido de Aeon e o nome que ele pronuncia vem junto com um forte vento trazendo frio para aqueles três que se encontram dentro da noite. Seu cachimbo apaga e seus olhos se arregalam, não como alguém que acabará de ver um espírito, mas sim como alguém que se deparou com o demônio que comprou sua alma e que agora veio cobrar. Faltaram-lhe forças para levantar-se, ficou ali parado vendo os dois visitantes se afastarem. O magro ainda de longe disse algo, mas o vento não o deixou ouvir ou talvez o nome em sua cabeça ecoando não lhe permitiu escutar. Aeon não iria entrar para dormir naquela noite, veria o dia nascer como há muito tempo não fazia. Sua filha o encontraria sentado na varanda e pensaria que como sempre ele acordou antes de todos.

PONTEIROS


O ponteiro segue
Mesmo se o relógio estiver parado o tempo não pára
E tudo caminha num único e imutável seguimento
Somente a dor e os medos são imortais
A eternidade do amor tem a mesma certeza de um eco
É algo que já existiu
É algo que ficou para trás
Ainda lembro-me de seu nome
Ainda estou em sua maldição
Não há mais o que fazer agora
As batalhas foram todas em vão
E assim o ponteiro segue
Mesmo se o relógio estiver parado o tempo não pára
E tudo caminha num único e imutável seguimento

domingo, 16 de janeiro de 2011

E TUDO MUDA



Hoje, nessa madruga de uma segunda feira deixei minha mente vaguear nessas tristezas que sinto nas horas em que a maioria está dormindo. Há muito tempo que sempre fui acometido a esse estágio de sensação, de sentir essa estranha e familiar tristeza dentro do silêncio urbano. É, admito, sinto falta de alguém nessas horas, não alguém específico, mas obviamente de uma companhia feminina, uma companheira, provavelmente por nunca ter tido isso em todas as minhas relações vividas no passado. Sempre foram incompletas ou defeituosas, sempre deixaram a desejar ou traziam algo mais de ruim do que de bom e agora vejo como isso me afetou e me moldou a outras perspectivas de ser uma pessoa diferente do que esperava e desejava ser. Hoje vejo o tempo passar cada vez mais depressa, vejo o tipo de passado que nunca tive, as experiências de vida que não ocorreram, os amores que nunca pude viver, a intimidade adulta, os planos a dois, as pequenas vitórias do dia a dia, os filhos que antes tanto desejei que se definharam em minha mente e coração ao ponto de no presente não tolerar a idéia de ser pai um dia. Tudo mudou e não de uma forma bela ou do tipo “é melhor assim”, apenas tornou-se aceitável, uma adaptação de mim mesmo para os novos dias que nunca imaginei que seriam para minha pessoa. Afinal sempre temos a fé e esperança das conquistas e dias melhores, do amor e dias de glória, de mudanças boas e dias de felicidade... Não, não esperamos pelo pior, não imaginamos que “aquilo” pode acontecer conosco, não esperamos que certas coisas fossem para nossa vida, é sempre algo para outra pessoa, um vizinho, até um parente. As partes inesperadas deixamos para outros quintais longe de nossas cercas e assim seguimos da forma certa como deve ser, com fé e esperança de acertar na vida, de encontrar a pessoa certa e ter a própria família um dia. É natural esperar o tradicional final feliz de cinema e livros, sei bem disso, pois como você, eu também esperei o mesmo e ignorei como muitos a esquecida possibilidade de ser mais uma pessoa da outra porcentagem da vida, de ser o cara da lista ruim, o cara que sempre luta, corre atrás, cai e sempre levanta, teima em nunca desistir... Mas nunca vence. E com o tempo apenas se aceita o inevitável, apenas segue sem muito mais questionar ou tentar compreender onde errou... Perguntas desnecessárias como por que, até quando, que antes pareciam importantes por fim deixam de ser relevantes até mesmo quando se pode haver resposta.
E tudo muda, tudo se torna aceitável, natural, um seguimento na ordem correta dos fatos...
“Alguns nasceram para vencer e outros para...” É. Mais uma madrugada, mais um dia, mais um ano e nada será diferente e tudo será pontual como os ponteiros de um relógio suíço.
Engraçado de que ainda lembro-me de como eu era, de como perdi tanto por falsas crenças, de como poderia ter vivido mais se tivesse outra visão já que nunca tive qualquer chance. Hoje eu poderia ser uma pessoa melhor, com certeza, em vez de ser o miserável que teve que se recuperar das inúmeras quedas que me ensinaram somente a ter a certeza de onde é meu maldito lugar e limites. A vida é tão curta e eu nem tive chance de poder vivê-la de verdade, só perdi meu tempo com pessoas que não prestavam, com namoros inúteis e uma idéia tola de que se agisse certo receberia o lado bom da vida e não esse veneno e câncer que tanto conheço agora.
É, se sua vida é boa e agraciada de momentos de felicidade e paz, apesar de alguns momentos pesados e até de certas tragédias se dê por abençoado por Deus, por que para mim a vida não passa de uma imensa e árdua maldição.

Abraço, Beijo e Bye.

APRENDIZADO de OURO




“VÉIO!!!!! A SOLIDÃO É MINHA FIEL AMIGA... O QUE SERIA DEU SEM ELA E ELA SEM EU???”

 Aprendi desde jovem a usar o humor para lidar com as coisas ruins para que assim todo não descolorisse, aprendi a ser duro para as coisas péssimas para nunca vir a cair, mas caso caísse fosse capaz de levantar de novo e aprendi a usar o sarcasmo para não me tornar venenoso devido às mágoas e incertezas de uma vida inteira caminhando no escuro, no silêncio e na solidão. 

AMORES do PASSADO


Caiu a máscara
Caiu a fé
Deus faleceu em seus lábios
E a vida espatifou-se como vidro fino
A calçada foi lavada com sangue e lágrimas
Não houve perdão
Não houve segunda chance
Seus beijos eram tão falsos quanto seu amor
E o mundo era um feriado da mentira
Sorrisos distribuídos
Promessas nunca cumpridas
Seu sorriso de ternura
Sua dança sensual
Seu nome de formiga
Seu nome de flor
Sua tatuagem de dragão
Agora são somente papeis que jogarei ao fogo
Dias que não deveriam ter chegado a mim
Quantas facas cortaram meu corpo?
Quantas facas mais?
Ainda vejo tantos por vir
Tantos dias de maldição
Céus ou inferno
Tanto faz
É somente mais uma madrugada fria em um dia quente



sábado, 15 de janeiro de 2011

MUNDO BRANCO


Foi árduo, algumas coisas são difíceis de entender e esquecer
Te ver as vezes parece me causar algum tipo de dor
Por isso evito o olhar e fujo para outro tipo de realidade
E escapo da armadilha dos sentimentos que nutro por você
Não sei o porquê de tudo isso
Por um tempo pareceu tudo ser tão certo
Havia certeza dentro de cada ação e sorriso
Nada foi insignificante
Mas nada teve importância no final
Tornei invisível aos seus olhos e coração
Apenas uma sombra caminhante na borda do mundo
E pelo espelho vi que nada sou
Que nada fui

Que as chamas queimem tudo
O passado agora é um mundo branco.

O QUE HABITA NO MEU CORAÇÃO



ME MANTEREI LONGE DE VOCÊ, HOJE VI QUE SUA PRESENÇA ME TRÁS MEUS MELHORES SONHOS E MEUS PIORES PESADELOS.

Não tenho culpa pelo que habita em mim por você, não posso ser condenado pela verve de um sentimento, sou mero humano. E reconheço a patética imagem do desconhecido que de forma inusitado devorou minhas atitudes, atingiu o berço de minha razão e no presente momento, e já há algum bom tempo, apenas você invade meus pensamentos de desejos carnais e sonhos de jardim. Fiz de sua boca meu tesouro, não nego e diante da sua presença me perco com a facilidade de um menino em um labirinto que nem sabe por onde começar para tentar encontrar a saída para salvar a si próprio da escuridão da noite. Não nego meu descontentamento, mas tal visão sempre pairou sobre mim diante dessas certezas em que a incompreensão de virem a existirem certos tipos de sentimentos e emoções no fim eram apenas acontecimentos levados para trazer algo de ruim a mim mostrando-me o quanto era em vão nutrir algo por alguém. Uma verdade que por muitos anos teimei em não aceitar, minha ingênua fé no amor, que antes erroneamente cheguei a crer ser uma força maior capaz de vencer tudo de trágico na vida. Tola fé a minha em não querer ver que na vida tal acontecimento jamais faria parte de minha história pessoal, nessa área serei sempre mero espectador e nas ações diretas uma vítima com experiência na parte sombria em temas do coração. Mas de forma infeliz não há como evitar em sentir, posso somente ter controle sobre minhas atitudes depois disso, diante da tragédia vinda, posso fugir, evitar a causadora, mudar minha relação com a mesma ao ponto de manter a distância certa para afim de com o tempo atingir um modo de lidar e até de nem vir a sentir mais tais sentimentos perturbadores que não servem mais para nada além de apenas trazer-me tristeza exata e continua. Pois assim, até hoje para mim, é a experiência de tal sentimento, uma cadeia degradante de resultados melancólicos e fracassos que originam lembranças ruins que envenenem minha alma. Sei bem disso, meus anos jamais foram gentis para com minha pessoa e vida íntima, fui apenas capaz de aprender a me contentar com os prazeres da carne, não que eu reclame, mas para quem só teve isso na vida ou no mínimo passou por longo período assim, sabe o quando isso acaba nos devorando pelo vazio que se instala em nossos corações. Como todo ser humano sou dotado das necessidades das relações e interações emocionais, como qualquer um sou propenso ao envolvimento, aos sonhos e mágoas que se originam num ideal que vem ao se ligar a outra pessoa de forma mais intensa que o normal. 
Então não sou culpado pelo que habita em mim por você, sou a vítima da fraqueza de meu próprio coração e destino, das necessidades humanas que me forjam o caráter, personalidade, força e fraquezas. Agora devo somente aprender uma nova forma de lidar com tal sentimento castrador de sentidos, de saber como conviver até isso morrer para assim recuperar a minha liberdade natural para poder prosseguir no percurso de minha estrada, recuperar a minha vida e conseguir finalmente descobrir a razão de minha existência além de apenas ter que passar por perdas, tristezas e malditos danos aos longos desses intermináveis e inúteis anos em que sem escolha colecionei os desprazeres de tantas emoções que aos poucos me desmontaram desfigurando assim quem um dia já fui ou quem deveria ter sido. Sou um aleijado emocional de mente enfraquecida e coração quebrado. Sou uma máquina com defeito, mas ainda irei me erguer.

quinta-feira, 30 de dezembro de 2010

ADEUS MEU PEQUENO AMIGO... ADEUS E ATÉ BREVE.



Escrito em 30 de dezembro de 2010, quinta feira, as 23:14 horas.

LUTO POR UM ANIMAL DE ESTIMAÇÃO? E POR QUE NÃO? ELE ERA MELHOR E MAIS VERDADEIRO QUE A MAIORIA DAS PESSOAS QUE JÁ CONHECI E QUE TODAS AS MULHERES COM QUEM TIVE A INFELICIDADE DE NAMORAR... LAMENTO A PERDA DELE MAIS DO QUE MUITA COISA E GENTE NESSA VIDA DE MERDA.

Quinta feira de 2010, nada bom, triste para ser mais exato. Entre 21 e 22 horas da noite faleceu, o que pareceu ser por intermédio de veneno, o gato bochechudo de minha mãe, o Lui (a vida realmente não é justa). Passei suas últimas horas tentando não deixá-lo ficar só, mas admito que é difícil ficar perto de um animal morrendo sem poder fazer nada. Minha mãe, coitada, chorou como de esperado e rezou para que ele não sentisse mais dor. Nem mesmo um simples animal merece morrer sozinho, apesar de o próprio muitas vezes ter se refugiado em algum canto isolado do quintal seguindo seu extinto natural de moribundo. Fiquei um bom tempo ao seu lado com aquela agonia de nada poder fazer apenas esperando o inevitável fim. As 22:30 eu o sepultei pensando em acreditar que agora ele está em paz, mas a única coisa que me vinha na cabeça era “para que diabos um animal que nunca fez mal a nada teve que sofrer e morrer assim?” E percebi que esse terrível ocorrido mostrou-me a minha visão da vida e de Deus; apenas se deve esperar sempre o pior, que a vida é injusta, dura, fria, implacável e cruel como em espelho ao nosso grande criador. Mas ainda assim tentarei esforçar-me em tentar acreditar que onde quer que agora esteja ele estará e está bem. Por mais difícil que isso seja. Mais tarde, em silencio, pude chorar, pois não nego que adorava aquele abestalhado comilão que não tinha nem capacidade pra pegar um ratinho (mas ressalto aqui que ele fez isso uma única vez). O mais estanho que depois de chorar por um minuto, sentando na cama de minha mãe para usar a droga do repelente em spray com cheiro de laranja, eu me senti terrivelmente sozinho. Nada exagerado, creio que seja por que não me sinto assim há muito tempo... Mas lembro de quanto senti pela primeira vez tal sensação, só que na época fôra de forma avassaladora, uma época que não pude contar com ninguém. Mas é passado, agora já se foi, e é algo que nunca irei contar aqui ou, na verdade, até para quase ninguém.
E agora com essa quinta, com atmosfera de penar, vem um fim de ano bem desagradável somando tudo de que teve de péssimo nessa ultima semana do ano. Fazer o quê? Deveria até estar acostumado. Só não consigo lidar bem com essa sensação que fica me atormentando de TUDO estar ERRADO, que nada hoje é como deveria ser, o que sempre deixa a sensação de que minha vida perdeu a merda do sentido há tempos e que agora estou na porra dum carro desgovernado em uma pista congelada, de noite, em um apagão e no meio da auto estrada entre a terra de ninguém e lugar algum. Bem, o primeiro dia do novo ano vem aí, não será lá grande coisa, mas na segunda desconto o que não poderei fazer de sexta até domingo. Sou vou parar quando sentir dor e cair. Um abraço para você, se cuida e aproveita... Por que a merda da vida é muito curta e não vale a pena esperar por ninguém.

PS: Não vou esconder nem mentir, sempre dei mais valor a animais do que a pessoas e até hoje sempre me pareceu certo ainda ser assim. Difícil de mudar sendo a vida como ela é.

ADEUS MEU PEQUENO AMIGO... QUE VOCÊ ESTEJA EM UM LUGAR MELHOR, LONGE DESSE MUNDO TÃO DESUMANO, COM RAÇÕES E ÁGUA FRESCA SEM FIM, IOGURTE E PÃO INTEGRAL COM REQUEIJÃO, MUITA CARNE E PUDIM DE LEITE, COM CAMPOS VERDES PARA CORRER E BRINCAR, COM ETERNO PÔR-DO-SOL PARA SEMPRE TE AQUECER E LEVE BRISA DE VERÃO PARA REFRESCAR E AJUDAR A DORMIR. DEIXARÁ A SAUDADE E BOAS RECORDAÇÕES...  ADEUS MEU PEQUENO AMIGO.

ADEUS E ATÉ BREVE.

Os saltimbancos - História de uma gata:


♫♫♫

Cássia Eller - Palavras ao vento:


DESDE CEDO APRENDI A NUNCA CONFIAR EM NINGUÉM, QUE O AMOR RIMA COM DOR, QUE PAIXÃO VEM FÁCIL COMO VAI, QUE SÓ SE AMA DE VERDADE UMA ÚNICA VEZ NA VIDA, QUE O TEMPO PASSA DEPRESSA DEMAIS E QUE AVIDA NUNCA, NUNCA É JUSTA. DIFÍCIL DE SEGUIR EM FRRNTE QUANDO PARO PARA PENSAR SOBRE TUDO ISSO QUE APRENDI.

“Dor, dor e dor... Com todo meu maldito rancor...” – Diz a canção.

SERÁ QUE FALTA MUITO PARA ESSA ESTRADA ACABAR? ESPERO QUE NÃO... ESTOU MUITO CANSADO.MUITO MESMO.

PS2: Quase esqueço... Tenha um feliz ano novo.  Bye, beijo, abraço e se cuida.





SEMPRE ESTARÁ COM A GENTE MEU PEQUENO AMIGO... SEMPRE.

terça-feira, 28 de dezembro de 2010

sábado, 25 de dezembro de 2010

O REINO



QUASE DEZ ANOS SE PASSARAM E DE TUDO QUE HOUVE DE BOM E RUIM A ÚNICA PARTE QUE SINTO FALTA ERA DO SEU ABRAÇO TÃO FORTE, LONGO E SILENCIOSO COMO SE NÃO ME VISSE POR MESES... TODO O RESTO FICOU PARA TRÁS.


Lembro do sabor de jujuba em seus beijos
Que se suavizará

Lembro de seu abraço apertado, quase sufocante
Que se afrouxará

Lembro dos seus sonhos, 
Dos nomes de seus filhos que ainda iriam vir

Uma menina
Um menino
Seus passos e sorrisos não existem mais
Você me achava grudento
Eu te achava perfeita
Seu mundo era tão perto
O meu era tão distante
E ainda assim nada me colocava para baixo com você ao meu lado
O primeiro ano se passou
E antes do segundo acabar tudo acabou
Nada ficou para trás... Nada de bom sobreviveu.
Ainda lembro de como dizia que me amava quando fazíamos amor
Ainda lembro dos seus gemidos tímidos

Agora só reina o silêncio.